Natural de Picos, no Piauí, o jovem acadêmico Carlos Wagner Leal Cordeiro Júnior, de apenas 22 anos, foi destaque internacional ao ter seu trabalho científico premiado com uma bolsa “Travel Fellowship” no maior congresso mundial sobre a doença de Alzheimer, realizado na cidade de Filadélfia, estado da Pensilvânia, Estados Unidos.
Carlos Wagner cursa o 5º ano de Medicina em São Paulo, onde também é estagiário de pesquisa no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP), renomado internacionalmente por suas pesquisas em neurociências e saúde mental.
Sob a orientação de pesquisadores especialistas, o jovem picoense desenvolveu um estudo inovador avaliando os potenciais efeitos terapêuticos do lítio na doença de Alzheimer. Em seu projeto, camundongos transgênicos — especialmente modificados geneticamente para manifestar características semelhantes às encontradas na doença de Alzheimer — foram tratados com rações contendo duas diferentes dosagens de lítio. Após determinado período, o tecido cerebral desses animais foi submetido a uma detalhada análise laboratorial, com objetivo de identificar possíveis benefícios terapêuticos dessa substância no combate à doença.
O reconhecimento veio em forma de um importante prêmio internacional, o “Grant Travel Fellowship”, que viabilizou sua participação e apresentação oral do projeto no Alzheimer’s Association International Conference (AAIC), congresso científico que reúne especialistas renomados de todo o mundo na pesquisa, diagnóstico e tratamento do Alzheimer.
Carlos Wagner enfatiza que o reconhecimento de seu trabalho fortalece ainda mais sua motivação para seguir na área científica: “É um sonho que se torna realidade. Poder apresentar nossa pesquisa em um congresso dessa magnitude é uma oportunidade incrível não apenas para mim, mas também para destacar a importância da ciência brasileira no cenário internacional”, afirma o jovem pesquisador.
O sucesso do estudante picoense evidencia não apenas o potencial individual do jovem acadêmico, mas reforça a relevância do investimento em pesquisa científica e o valor das universidades brasileiras na formação de profissionais capazes de contribuir significativamente para a saúde pública global.
