A forma como o lixo é tratado tem impacto direto na saúde da população e na preservação do meio ambiente. Na região de Picos, a substituição de lixões a céu aberto por sistemas de destinação adequada, como aterros sanitários licenciados, é apontada por órgãos de controle e especialistas como uma das medidas mais eficazes para reduzir riscos sanitários e ambientais. Lixões expostos tendem a atrair vetores de doenças, gerar mau cheiro e comprometer a qualidade de vida de comunidades inteiras.
Conforme informações repassadas ao Picos360graus, a disposição inadequada de resíduos pode contaminar solo, rios e lençóis freáticos, ampliando problemas de saúde pública, especialmente em áreas próximas a mananciais e zonas residenciais. Crianças, idosos e trabalhadores informais que circulam nesses locais estão entre os mais vulneráveis, seja pelo contato direto com o lixo, seja pela convivência com fumaça e queimadas que, muitas vezes, ocorrem nos lixões.
Ao encaminhar os resíduos para aterros sanitários licenciados, com sistema de impermeabilização, drenagem de chorume e manejo controlado, os municípios diminuem significativamente o risco de contaminação e contribuem para um ambiente mais seguro. No caso da região de Picos, o aterro da Santa Inês Soluções Ambientais, na zona rural de Francisco Santos, surge como alternativa regional estruturada, possibilitando que as prefeituras encerrem lixões e avancem na implantação de um modelo de gestão moderno, alinhado às metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Além dos ganhos ambientais e sanitários, a mudança de modelo também favorece a organização de cadeias de reciclagem e a inclusão de catadores em condições mais seguras de trabalho, por meio de cooperativas ou associações. Com isso, a gestão adequada dos resíduos sólidos deixa de ser apenas uma obrigação legal e passa a representar um investimento direto na qualidade de vida dos moradores de Picos e das demais cidades atendidas.

