O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta quinta-feira (22) que o Enem 2025 poderá voltar a servir como forma de certificação do ensino médio para candidatos com mais de 18 anos. A proposta é oferecer, novamente, a possibilidade de que jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade regular obtenham o diploma escolar a partir do desempenho no exame.
Até 2017, o Enem já cumpria essa função, mas foi substituído pelo Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos). Com a possível retomada do Enem como via para certificação, o Encceja continuará existindo, segundo informou o Ministério da Educação.
O modelo anterior, vigente de 2009 a 2016, exigia mínimo de 450 pontos nas provas objetivas e 500 pontos na redação. O participante que não alcançasse a nota em todas as áreas poderia refazer apenas os conteúdos pendentes no ano seguinte. Em 2016, mais de 1 milhão de pessoas tentaram obter o certificado de ensino médio pelo Enem — apenas 12,4% conseguiram.
A mudança de 2017, tomada ainda na gestão do ex-ministro Mendonça Filho, foi justificada pela diferença de objetivos entre os que buscavam o diploma e os que prestavam o Enem para ingresso no ensino superior. A decisão também visava a elevar a média geral dos participantes do exame.
Mesmo com a possível retomada da função certificadora do Enem, o Encceja continuará sendo a principal porta de acesso ao diploma do ensino fundamental e médio, com provas em um único dia e critérios próprios de aprovação: 100 pontos mínimos por prova e média 5 na redação.