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PERÍODO DE SECA

Seca prolongada compromete agricultura e produção de mel em Paulistana

Rios secos, barragens em colapso e apicultores em alerta pela sobrevivência dos enxames…

Por: Redação Picos360graus

Data: 21/08/2025

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Paulistana, Piauí
Paulistana, Piauí

A estiagem que castiga o município de Paulistana (PI) desde o início do ano já trouxe consequências severas para a agricultura familiar e para a apicultura, atividade que se consolidou como uma das principais fontes de renda da região.

De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura, a perda das lavouras de milho e feijão foi total, e o gado também começa a sofrer com a escassez de pasto e água. O Rio Pilões, que abastece comunidades locais, encontra-se completamente seco, enquanto a barragem do Batimaré opera em níveis críticos, entre 20% e 30% da capacidade.

“Estamos vivendo um ano atípico. Tivemos perda total de 100% da agricultura familiar, milho e feijão, e agora também na pecuária pela falta de pasto e água. É uma realidade muito difícil”, lamentou o secretário de Agricultura, Lucas Brito.

Paulistana é conhecida como um dos polos de produção de mel orgânico no Piauí, contando com cerca de seis associações de apicultores. No entanto, a falta de chuvas comprometeu a floração das plantas, deixando as abelhas sem alimento natural.

“No começo do ano tivemos uma pequena florada do mameleiro, mas foi só. Conseguimos apenas uma colheita. Depois disso, o clima não favoreceu e os enxames começaram a se desfazer. Muitas abelhas estão migrando para outras regiões em busca de alimento”, explicou Lucas Brito.

Para evitar a perda definitiva dos enxames, os criadores adotaram a alimentação artificial das colmeias, uma medida emergencial que deve se manter até o retorno das chuvas, previsto apenas para outubro ou novembro.

“Sem alimento e sem condições climáticas adequadas, as abelhas não resistem. O medo é perdermos parte significativa da produção e comprometer o próximo ciclo”, reforçou o secretário.

A situação acende um alerta para toda a região, já que a apicultura é não apenas um patrimônio cultural, mas também uma atividade que sustenta centenas de famílias no semiárido piauiense.

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