A cidade de Picos enfrenta uma crise no abastecimento de água, agravada por atos de vandalismo registrados em diferentes pontos do sistema de distribuição operado pela Águas do Piauí. Nos últimos dias, a empresa denunciou pelo menos cinco episódios de interferência criminosa que teriam impactado diretamente o fornecimento em bairros como Morada do Sol e Louzinho Monteiro.
O primeiro caso foi registrado em 12 de junho, quando um incêndio atingiu a área próxima a um poço de abastecimento no bairro Louzinho Monteiro. O fogo destruiu a estrutura hidráulica e elétrica da unidade, deixando-a inoperante. De lá para cá, outras quatro ocorrências foram relatadas, incluindo furtos de cabos elétricos e o desligamento clandestino de registros do sistema, o que comprometeu a captação e distribuição de água para diversas regiões da cidade.
Em entrevista à imprensa, a gerente executiva da Águas do Piauí para o Semiárido, Flávia Miranda, explicou os impactos diretos dessas ações. “Quando ocorre furto de cabos ou manipulação indevida de registros, o sistema para de funcionar. Os poços responsáveis pela captação ficam inoperantes, e mesmo após os reparos, o reabastecimento é gradual. A população sente diretamente os efeitos”, declarou.
Todos os casos foram formalmente denunciados à Polícia Civil, com registro de boletins de ocorrência. No entanto, até o momento, a corporação não se pronunciou sobre as investigações.
Enquanto isso, moradores seguem enfrentando longos períodos sem água nas torneiras, o que tem gerado insatisfação e protestos. A empresa reafirma o compromisso com a população e pede colaboração para combater atos de vandalismo que prejudicam milhares de famílias.
