Neste domingo, 12 de janeiro, a recém-nascida encontrada abandonada em um matagal próximo a um poço na cidade de Dom Expedito Lopes, no interior do Piauí, faleceu após não resistir às complicações de saúde. A bebê havia sido resgatada na tarde de sábado (11), em condições extremamente precárias, ainda enrolada no cordão umbilical e próxima a uma camisa preta.
Após o resgate, a menina foi encaminhada ao Hospital Regional Justino Luz, em Picos, onde recebeu os primeiros atendimentos. Em razão da gravidade de seu estado, foi transferida na noite de sábado para a Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER), em Teresina. Durante o traslado, realizado em uma ambulância avançada com uma equipe médica especializada, o quadro já era crítico.
A maternidade informou que a recém-nascida, com apenas 25 semanas de gestação, chegou em estado gravíssimo e apresentou paradas cardíacas. Apesar dos esforços da equipe multidisciplinar, que utilizou todos os recursos disponíveis para estabilizá-la, a bebê não resistiu e veio a óbito na manhã deste domingo.
Em nota, a Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa lamentou o falecimento e destacou o empenho de sua equipe médica para prestar assistência humanizada e de excelência. “Apesar de todos os esforços, o bebê não resistiu e veio a óbito no domingo, 12 de janeiro de 2025,” diz o comunicado.
A bebê foi encontrada por um funcionário responsável pela manutenção do poço que abastece a comunidade Serra dos Pinheiros, em Dom Expedito Lopes. O trabalhador ouviu o choro vindo de um buraco e, ao verificar, encontrou a recém-nascida. Assustado, pediu socorro a um casal que passava pela rodovia, e juntos levaram a criança ao Hospital Regional Justino Luz.
Segundo relatos, o local apresentava vestígios do parto, como placenta, e a bebê, muito pequena, aparentava ter nascido prematura. A Polícia Militar informou que a área é de difícil acesso, o que dificultou o resgate.
O caso segue sob investigação das autoridades competentes para apurar as circunstâncias do abandono. A comunidade local expressou tristeza e indignação diante da situação, enquanto a professora Rosilda Gonçalvez, que ajudou no resgate e tinha o desejo de adotar a criança, lamentou profundamente a perda.